TST. AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. INTERVALO INTERJORNADAS. INTERVALO INTRAJORNADA. CONCESSÃO AO FINAL DA JORNADA. ADICIONAL NOTURNO. FIXAÇÃO DO PERÍODO CONSIDERADO COMO LABOR NOTURNO. NEGOCIAÇÃO COLETIVA. LIMITAÇÃO OU AFASTAMENTO DE DIREITOS TRABALHISTAS. VALIDADE. RESPEITO AOS DIREITOS ABSOLUTAMENTE INDISPONÍVEIS. APLICAÇÃO DA TESE JURÍDICA VINCULANTE FIXADA NO TEMA 1.046 PELO STF. REPERCUSSÃO GERAL.
Hipótese na qual a norma coletiva, com fundamento no art. 7º, XXVI, da CF, suprimiu o pagamento como hora extra do labor prestado no período relativo ao intervalo interjornadas, nas hipóteses excepcionais nela previstas; fixou a concessão do intervalo intrajornada no final da jornada de trabalho e, por fim, estipulou que o adicional noturno somente seria devido a partir das 19h30 e não das 19h, afastando a incidência da Lei 4.860/1965, fixando, contudo, adicional superior ao legal. Considerando que o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1.121.633/GO, com repercussão geral reconhecida (Tema 1.046), fixou a tese segundo a qual «são constitucionais os acordos e as convenções coletivos que, ao considerarem a adequação setorial negociada, pactuam limitações ou afastamentos de direitos trabalhistas, independentemente da explicitação especificada de vantagens compensatórias, desde que respeitados os direitos absolutamente indisponíveis» (trânsito em julgado 9/5/2023), imperioso se torna a manutenção da decisão agravada, que ao declarar a validade das cláusulas coletivas que limitaram os referidos direitos, se encontra em sintonia com o entendimento firmado pelo STF no julgamento do ARE 1.121.633. Agravo conhecido e não provido.
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